No centenário do nascimento de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919 – 2004) a comunidade de língua portuguesa em Munique quer prestar homenagem a esta grande poeta. Gerações de crianças portuguesas têm crescido com as figuras das suas histórias, como a Menina do Mar ou o Rapaz de Bronze. Plenos de sabedoria e encanto, os seus poemas marcaram tempos sombrios, mostrando como a literatura tem a capacidade e o dever de assumir posições destemidas e lutar por justiça e liberdade. Além deste exemplo de cidadania, Sophia legou-nos um mundo de imagens e de sons numa linguagem concisa e nítida em que cada palavra toca a nossa sensibilidade.

À volta de poemas, pequena prosa e música e petiscos vamos ouvir, saborear, lembrar e conviver.

Luísa Costa Hölzl é docente de português e agente cultural
Luís Maria Hölzl é músico (guitarra, guitarra portuguesa, violino)

Lugar: Über dem Tellerrand, Café im Einstein 28
Einsteinstr. 28, Nähe Max-Weber-Platz

Entrada livre
Um evento em língua portuguesa de LUSOFONIA e.V.

Num país que já produziu grandes intérpretes de violão, João Camarero destaca-se como uma revelação na nova geração de violonistas brasileiros. Nascido em 1990 em Ribeirão Preto/Estado de São Paulo, está radicado no Rio desde 2011.

Sua música é o chôro, um estilo musical tradicional no Brasil e que, segundo Villa Lobos, é a expressão da alma brasileira. Além de uma extensa produção de CDs, João faz arranjos para grandes violonistas do chôro. Colegas e público valorizam sua expressividade e sobretudo sua maneira leve e soberana de tocar seu violão de sete cordas. Mesmo peças difíceis e rápidas, o músico as toca geralmente em linhas suaves que evidenciam o lirismo nelas contido.

Em Munique ele apresentará, entre outras, peças do seu novo CD „ Vento Brando“, composições próprias, parcerias com João Lyra e Cristovão Bastos, o maior melodista brasileiro atual. O repertório inclui também grandes compositores clássicos do chôro como Radamés Gnatalli, Garoto e Canhoto da Paraíba.

https://guitarcoop.com.br/en/joao-camarero/

Lugar: Movimento
Neuhauserstraße 15, zona pedonal

Entrada: 16,00 €/12 €
Ingressos diretamente na bilheteira ou reserva para silviamcbarbosa@googlemail.com

Um evento da Lusofonia e.V.

O desespero político é o ponto de partida para Rodrigo Batista. Ele vê o seu trabalho como revolta performativa – entre outras coisas contra a decaída da democracia no Brasil, algo que afetou radicalmente a sua tarefa e o seu posicionamento como ator de teatro. Se a democracia falha, o que significa isso para a representação em si? Como se pode encenar declarações políticas e que atitude artística poderá causar uma revolta verdadeira? „The Furious Rodrigo Batista“, um solo em duas partes, resulta destas questões. A-Side está baseado na música popular brasileira, B-Side na música pop norte-americana, numa tela são projetadas letras de canções misturadas com notícias atuais. O que em A-Side é apenas insinuado, é aguçado em B-SIDE: O corpo do artista dançando torna-se o lugar duma estética autodestrutiva, utilizando palavrões, a linguagem visual de Gore e pornografia e colhendo inspiração em pichação, Frantz Fanon e Chris Burden. Pela primeira vez A-Side e B-Side serão apresentados juntos.

Rodrigo Batista é produtor de teatro e pedagogo. Atualmente trabalha numa serie de solos levando a revolta para a performance. O primeiro resultado é THE FURIOUS RODRIGO BATISTA. Batista tem um mestrado em direção teatral pela Universidade de São Paulo e faz parte do grupo [pH2]: estado de teatro já há 10 anos. Estuda no DAS Theatre em Amsterdão.

Trailer https://vimeo.com/281305664
Teaser https://vimeo.com/351533441

Entrada € 5,00
Einstein Kultur, Einsteinstraße 42 (Max-Weber Platz)
Todo o programa, mais informação e entradas em: www.spielart.org

Em português com legendas em inglês.

Um evento do festival Spielart. Com o apoio de LUSOFONIA e.V.

Maria é o nome de Nossa Senhora, o nome de inumeráveis mães e filhas e o nome da bailarina em palco. Um nome, sobre o qual se projetam várias ideias de feminilidade. Maria Domingos Tembe trata em SOLO PARA MARIA do conflito entre expetativas sociais e a autoafirmação. Na primeira parte da coreografia autobiográfica, a atriz e bailarina apresenta um repertório de movimentos e desconstrói com o seu corpo a normatividade do olhar. A segunda parte, encenada pelo diretor e coreógrafo Panaibra Gabriel Canda, trata dos direitos da mulher e de experiências com violência. Não só se expondo aos olhares do público, mas também ao devolvê-los com muita intensidade, Maria Tembe cria uma intimidade que exige reciprocidade.

A bailarina e atriz Maria Tembe nasceu em Maputo, Moçambique. Recebeu sua formação em dança contemporânea no âmbito do projeto (In)Dependence de CulturArte pelos coreógrafos Panaibra Gabriel Canda, Martial Chazalon, Martin Champaut, Boyzie Cekwana e Carlos Pez e os bailarinos de CulturArte.

Panaibra Gabriel Canda é um dos coreógrafos mais interessantes de Moçambique. Ele representa como mais ninguém as falhas pós-colonias do seu país. Estudou teatro, dança e música em Moçambique e em Portugal. Desde 1993 que tem desenvolvido peças próprias e, em 1998, abriu o centro cultural CulturArte em Maputo, onde iniciou um programa de formação para a promoção da área da dança regional.

Entrada € 18,00, reduzida € 9,00

Gasteig Carl-Orff-Saal, Rosenheimer Straße 5

Todo o programa, mais informação e entradas em www.spielart.org

Em português com legendas em alemão e inglês

SOLO PARA MARIA é apresentado junto com MY BODY BELONGS TO ME

Um evento do festival Spielart. Com o apoio de LUSOFONIA e.V.

Nástio Mosquito (*1981 em Angola) está interessado no potencial político dos nossos sonhos e visões. Partindo das questões: “Quem ou o que é que exerce o poder sobre nós?” ele criou este ciclo, que ele entende como universo que fecha a brecha entre os ideias e a beleza da vida diária. Utilizando excessivamente os meios da cultura pop, ele demostra que a superficialidade é tão profunda como a seriedade e ambas as coisas contribuem a sentir-se vivo. Ele começou a trabalhar como diretor e técnico de câmara para a televisão; sua arte abrange também vídeo e música, performance e instalação.

»KARAOKESUCKS!!!«

Yes, that has been my attitude towards this extra-social activity for the past 25 years of my life. Now…
I have no band.
I have no shame.
I have no interactive skills. I do not give a fuck about applause. Just love…
I have something to share.
I have songs, and with them I have the best karaoke session in the world.
Well… I would, if it was an actual karaoke session, and I actually knew the lyrics of the songs.

»KARAOKE ROCKS, I SAY!«

Link Trailer: https://vimeo.com/329411040

26.10. 23:30h Boxkeller MTV, Häberlstraße 11b (Goetheplatz)
27.10. 23:00h Festivalzentrum, Gasteig Celibidache-Forum, Rosenheimer Str. 5
28.10. 22:00h Harry Klein Club, Sonnenstraße 8

Entrada livre
Em inglês
Todo o programa, mais informação e entradas em: www.spielart.org

Um evento dentro do festival Spielart em colaboração com o Harry Klein e MTV München. Com o apoio de LUSOFONIA e.V.